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14 de maio de 2012

Post (anti) Dia das Mães

Até hoje eu não havia  conseguido falar nada sobre o Dia das Mães, e já estava irritada com tanto blá, blá,blá nas redes socias que participo, e até ontem eu não sabia nem o motivo de tanto mau humor para com esse dia tão "especial"...
Sábado a noite Alice apresentou um quadro de febre baixa, e assim que tomou o leite antes de dormir tossiu e o leite voltou todo. Decidimos deixar ela dormir na nossa cama, para eu monitorar a evolução, e o papai dormiu no quarto dela para dar mais espaço pra gente.
Deu pouco trabalho a noite, apenas resmungando algumas vezes chamando: "Mamãe..." e acordou super bem. Papai correu para dar o presente para ela me dar e explicou que era Dia das Mães. O resto do dia era só perguntar que dia era e ela respondia "Da mamãe." toda feliz e lógico que eu perguntei o dia inteiro.
Mas...eu na verdade não estava nem ligando pra esse dia, como já disse, estava era irritada. E como "penso, logo insisto" fiquei lembrando do que eu achava que era meu primeiro dia das mães, ainda grávida, eu me senti a criatura mais especial do planeta, adorei receber felizes dias das mães de alguns, me irritei com quem nem se deu conta. No segundo Dia das Mães, adorei a homenagem que o pai me fez, colocando o presente dentro do berço da Alice pra eu achar e me dei conta que esse sim era meu primeiro Dia das Mães. Me desculpem, mas grávida é grávida, no dia do parto, a mulher é parturiente, e só se torna mãe mesmo quando tem o filho nos braços. E isso vale para mulheres que adotam também.
E  essa santificação de mulheres que tem filhos é exagerada, tem mãe de todo tipo, tem mãe que joga filho no lixo. Tem mãe que erra muito nos cuidados e sabe que está errando. Tem mãe que abandona filho mesmo estando presente fisicamente, tem mãe que causa danos psicológicos no filhos difíceis de serem tratados.
E também tem mulheres cuidadosas, conscientes da responsabilidade de ter filho (que nem sempre carregaram no ventre), conheço muitas, muitas mesmo, que merecem ser reconhecidas todos os dias...conheço pessoalmente, conheço através dos blogs, através dos livros e revistas, na família...mulheres engajadas na aventura que é criar um outro serzinho e se saindo muito bem.
Não é apenas o Dia das Mães que me deixa assim, esses "Dia da Mulher", "Dia da Consciência Negra" "Dia do Índio" etc, etc  só mostra a desigualdade que ainda encontramos nesse mundão. Se houvesse igualdade e reconhecimento das pessoas como seres humanos não precisaríamos de dia de ninguém.
E no final das contas eu não me sinto a última bolacha do pacote por ter mãe, e aproveitei  o dia de ontem como um "ano novo", refletindo sobre a mãe que ando sendo e a mãe por mim idealializada, pensei muito se quando Alice tiver os filhos dela ela vai querer se parecer comigo ou vai mudar muitas coisas, assim como eu tento fazer diferente do que minha mãe fez e pocas coisas quero fazer igual. Da mesma forma que vejo outras mães criando os filhos igual foram criadas. E pensei muito no que posso fazer para ajudar no desenvolvimento dela, sem atrapalhar muito.
Pensei muito que vou errar pois sou humana, mas vou tentar sempre o caminho mais certo pois sou humana e posso pensar, me informar, e sou capaz de analisar.
E depois da minha "terapia interna", e desse post desabafo, me sinto muito bem, e desejo que todas mamães tenham sido mimadas e paparicadas pelo Dia das Mães!




2 comentários:

  1. é mais ou menos assim mesmo infelizmente .... é mais ou menos quando morre alguem e dali pra frente aquela pessoa se tornou boa só pq morreu kkkkkkk não importa se só acabou com a vida do outro enquanto estava viva kkkkk

    é por isso que o blog é a melhor das terapias !

    beijos e uma ótima semana

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  2. Sempre única com seu jeitinho de ser né Andrea!

    Pra mim dia das mães, pais, crianças é dia de passar juntinho com a família... Fazer um passeio especial pra ser lembrado! :)
    O meu foi exatamente assim!


    Bjs

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