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1 de agosto de 2012

amamentação

Então, depois de 23 meses, a mamãe aqui vem contar da amamentação??????? Sim, aproveitando o Dia Mundial da Amamentação vou contar a minha história.
Mesmo antes de engravidar eu pensava na amamentação como sendo a coisa mais natural, para mim sempre foi algo lógico o leite materno ser o melhor alimento para um bebê.
Pouco antes de ter Alice, comprei blusas para facilitar a amamentação, sutiãs e pronto, acreditei que por mais difícil que fosse, era algo que aconteceria.
Durante a gravidez eu me orgulhava da barriga e dos seios crescendo. Nas últimas consultas com a GO ela verificava se eu já tinha colostro e não saia sequer uma gotinha e a GO que dizia que eu teria muito leite, parou de tocar no assunto quando me examinava. E receitou Plasil, para o leite "descer" (descer da onde minha filha????)
Alice nasceu esfomeada, do meu quarto eu via (circuito interno de TV) ela chorando sem parar no berçário. Assim que chegou no quarto e foi colocada pra mamar pegou o peito direitinho, foi um momento mágico.
Já passava das 22:30, pois Alice nasceu as 21:20. Ela ficou alí aconchegadinha em mim e dormiu. E assim começamos nossa aventura como uma família, papai, mamãe e Alice.
Eu pensei vai ser fácil, ela sente fome, o pai me ajuda a colocá-la no peito, pois eu havia acabado de passar por uma cesarea, ela mama e dorme e nós também...
Mas, não foi bem assim. Alice chorava de fome, mamava um pouco e continuava chorando, chorando, chorando. Não conseguia dormir, chorava, chorava, chorava e eu tentava amamentar.  Tirava uns cochilos, depois de cansar de chorar, e acordava chorando muito, era colocada no peito, sugava um pouco e voltava a chorar. Pedimos ajuda e as enfermeiras disseram que poderiam dar um pouco de leite no copinho, até o leite "descer". Aceitamos, e assim passamos a noite tentando amamentar de hora em hoa e dando um pouco de leite no copo. Essa foi a noite mais longa da minha vida e quando amanheceu papai e mamãe estavam exaustos, mas acreditando que o dia seria melhor. Foi a mesma coisa, peito e depois copo com leite, e contando as horas para o leite descer.
Deixamos a maternidade na manhã seguinte, acreditando que em casa tudo seria mais tranquilo. Que nada, eu tentava amamentar no peito, não conseguia muito sucesso, Alice chorava de fome, dávamos o NAN no copo, ela não conseguia tomar direito, ficava nervosa, chorava mais e mais. Alice nasceu na terça a noite, no sábado voltamos com ela para maternidade e o pediatra avaliou que ela continuava perdendo peso. Saímos da maternidade direto pra farmácia para comprar uma mamadeira decente para alimentar Alice (não havia comprado nenhuma antes pois tinha certeza da amamentação). Ver Alice tomando leite na mamadeira foi extremamente difícil pra mim, mas também ver ela saciada da fome que andava passando foi um alívio.
Na segunda tivémos a primeira consulta com o pediatra que me tranquilizou dizendo que o pouco que Alice estava mamando no peito era suficiente para fortalecer o sistema imunológico dela.  Mas...e o tal do vínculo mãe-filho? E tudo o mais que a amamentação faz pelo bebê??? Senti que estava condenando minha filha a ter várias doencinhas, ser menos inteligente, ficar doente facilmente. Fiquei péssima. Fiz tratamento homeopático, tirei leite com máquina para tentar aumentar. Lutei por 2 meses e meio...e não deu.
Seguimos adiante, por tempos fiquei paranóica, somente eu ou o pai podia dar mamadeira para Alice. Anotava a quantidade de leite que ela tomava em cada mamadeira. E o tempo foi passando...
Com 3 meses e 10 dias Alice começou a comer frutas e tomar sucos, adorou desde a primeira colher de banana e parecia que tinha nascido sabendo comer.
Depois vieram as papinhas com ingredientes orgânicos que o pai buscava em feiras bem longe de casa. E nossa pequena foi crescendo, forte e saudável.
Hoje eu consigo enxergar que tem muito, mas muito mais que uma mãe pode fazer para um filho além e tão importantes quando a amamentação para criar vínculo, para a saúde, para o desenvolvimento psicológico e motor.
Eu não tenho idéia de como seria Alice se tivesse sido amamentada, mas sei que ela aos 23 meses é saúdavel, raramente adoece e se adoece não necessita de medicamento forte ou mesmo nem precisa ser medicada.
Alice andou com 10 meses e com 23 meses faltam poucos fonemas para ela conseguir falar. O pai sempre pode cuidar dela de igual pra igual com a mamãe aqui, o que desenvolveu um vínculo forte entre os dois, ninguém fala de vínculo entre pai e bebê, mas é tão importante quanto o vínculo mamãe e bebê.
Essa é a nossa história, continuo tendo certeza que o leite materno é o melhor alimento pra o bebê, mas não gosto da forma como as campanhas são feitas, me senti péssima e conheço muitas mães que passaram pelo mesmo medo que eu passei num momento tão delicado que é o pós-parto e os primeiros meses cuidando de um filho.

6 comentários:

  1. Eh amiga sua historia é um pouco parecida com a minha, esperança era qdo chegar em casa ser tudo diferente... demorou um pouco mas enfim, consegui e o leite desceu e ate hoje amamento ele, mas claro tb com a mamadeira, pois sempre achava que o leite do peito nao o sustentava, mesmo com o GO falando que sim. beijos e só nos sabemos como é importante esse vinculo! bjo

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    1. Obrigada pela visita e comentário, fico feliz por ter conseguido seguir com a amamentação,
      bjs

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  2. Oi Andrea, gosto de ler seus posts, comigo aconteceu a mesma coisa, minha filha chorou por 15 dias de fome, e o pediatra pedia pra não dar mamadeira e insistir no peito e ela só perdendo peso, até q não aguentava mais tanto choro e noites mal dormidas, resolvi dar NAN, mamou tudo e dormiu a noite toda, e em um mês ganhou 1 kilo, aí o médico viu q eu não tinha leite mesmo, amamentei até 3 meses, até q ela não quis mais mamar "O NADA" e largou kkk...
    A Gabi tem hoje 20 meses e é muito saudável, isso não atrapalhou em nada!

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  3. Oi Andréa,
    Lí seu comentário sobre amamentação. Comigo, com cada filho ocorreu uma situação diferente. Com o Lucas amamentei até 6 meses. Achava o trem mais esquisito meu filho mamando em mim. Ele era muito esfameado, chorava muito então um belo dia taquei uma mamadeira de NAN nele para experimentar. Ele dormiu a noite inteira. Claro, ví ali a solução dos meus problemas. rsss

    A Giovanna foi uma linda bezerrinha. Mamou em mim até os 9 meses. Eu adorava dar o peito p ela. Ela era calminha p mamar, logo ficava muito tranquila com ela. Ela é sem dúvida a mais saudável daqui de casa. É visível a resistência de uma criança q mama no peito.


    Já a Isadora até os 4 meses alternou com NAN e meu peito. Mas os médicos sempre insistiram muito p q eu desse o peito p ela. Mas como não era constante meu leite ficou pouco. Logo desisti.

    Nem todo mundo consegue dar o peito. Mas depois de 3 gestações tenho q concordar com os médicos q se vc tiver condições amamente seu filho, pois faz toda a diferença ! Bjos

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  4. Oi querida
    Obrigada pela força!
    Poxa, quero muito a matéria que vc mencionou em seu comentário no Mamatraca.
    Meu email é vivian.deofernandes@gmail.com
    Bjaoo
    Vivian

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  5. Eiiiii!!
    Quanto tempooooo!!!!
    Que bom saber que está tudo bem com a Alice!!!!!!!
    Saudade de vcs, voltei viu?!rs

    Beijos!

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